Por que Promessas de Fim de Ano não Funcionam?
Uma coisa que eu costumo dizer, em tom de brincadeira, aos meus pacientes é que se não fosse pelo incômodo o ser humano ainda estaria morando em cavernas.
É quando estamos sensíveis ao desconforto que procuramos algo melhor, o que abre margem para o esforço, criatividade e inovação.
O costume e o hábito podem atuar como anestésicos, tornando tolerável o que é doloroso, levando à acomodação e à consequente continuidade e manutenção do problema.
Um bom exemplo disso são as promessas de final de ano (fazer a dieta, começar a economizar, parar de fumar, etc.) que se faz enquanto se está sensibilizado pela esperança de um futuro melhor, mas que rapidamente se anestesia ao passar de poucos dias, camuflando todo aquele incômodo, delegando as promessas para o ano seguinte.
Não estou aqui cultuando a dor e o sofrimento, pelo contrário, estou propondo a sua verdadeira superação. É paradoxal, mas só se pode superar um problema sofrendo com ele o suficiente para se querer mudar.